Congresso Panamericano 

VI Congresso Panamericano de Antroposofia - São Paulo - Brasil - 2014

Oficinas

Oficina de danças com Kaka Werá


Apresentação do grupo de Jovens


Tupy, o co-criador que veio para ser na Terra o que a sua essência sagrada é no céu
Marli Aparecida Pereira
Hoje associamos a palavra Tupy a uma etnia. Entretanto ela tem em seu conceito a origem, a criação do ser humano. É uma "nhe'e porã tenondé", uma palavra formosa. Para viver nesta morada terrena, Tupã Tenondé cria um co-criador. Ele se desdobra e floresce em Tupy, uma "palavra-alma", que decomposta temos o TU(som) e o PI(pé, assento). Na tradição ancestral: som assentado, som que se tornou erguido, o ser humano colocado em pé. Substância sagrada que se manifesta como som. Nesta oficina vamos refletir sobre a caminhada dos ancestrais dos povos Tupi-Guarani e Tupinambá, herdeiros dos Mistérios Sagrados e a formação da língua tupi-guarani. Assim como os sábios Tamãi, guias e mestres do conhecimento sagrado das palavras formosas primeiras "nhe'e porã tenondé", vamos trilhar os antigos peabirus, "sentarmo-nos em volta da fogueira" e tornarmo-nos um pouco Guarani, reavivar o sentimento da língua do povo Tubuguaçu em sua caminhada por Pindorama. Vamos partilhar do Conselho dos sábios Tamãi, para entender os fundamentos do Ayvu Rapyta na elaboração da língua tupi-guarani, primeiro amálgama linguístico, a língua mais falada na costa atlântica antes de 1500, e entrar em contato com os povos das "canoas dos ventos"

  
A Identidade dos povos Americanos a partir do estudo de suas Mitologias
Beatriz Camorlinga
Nós, como povos colonizados, temos em nosso currículo escolar um estudo da História Universal que está pautado no desenvolvimento do Povo Europeu/Asiático e suas conquistas até chegarem às nossas terras. Isso sempre nos pareceu normal, uma vez que esta é a História da Humanidade. É como dizer que enquanto o mundo evoluía culturalmente, aqui não havia mais que seres sem alma, sem deuses, sem cultura. Os colonizadores vieram trazer para os povos americanos a "civilização". Felizmente hoje já existem estudos profundos sobre o que havia neste continente e o quanto estes povos já estavam desenvolvidos em todos os âmbitos das relações humanas. Há, porém, uma lacuna que embora seja estudada, não é levada muito a sério: as Mitologias. O próprio Rudolf Steiner chama a atenção para a pouca importância que as academias (mesmo européias) dão para este tema. Um estudo sério destes conhecimentos pode trazer à luz a verdadeira missão da alma dos povos. Em busca desta missão caminhamos e neste curso vamos buscá-la por meio das Mitologias.



"LISAPONGEE" - Que venham as histórias (em Lingala, uma das línguas que se fala no Congo).
Julio e Débora D´Zambê
 Cantos e contos africanos com exposição Arte Africana, máscaras, esculturas, instrumentos e vestimentas de Gana, Costa do Marfim, Nigéria, Gabão e outros países do continente africano.
 
 
Nós nas Américas e as Américas em nós - reflexão e diálogo acerca de uma localidade
Volker von Bremen
 Os habitantes das Américas são compostos por indivíduos que trazem experiências múltiplas de suas vidas, considerando tanto o caminho de suas almas quanto os traços familiares e culturais nos quais se reencarnaram. Nesta oficina, procuraremos oferecer um espaço de reflexão e intercâmbio no qual os participantes terão a oportunidade de compartilhar suas observações, experiências e conhecimentos relacionados com o tema do Congresso. O ponto de partida são aspetos temáticos do dia expostos nas palestras no período das manhãs (o físico na geografia Sagrada, o social na historia e o espiritual na Mitologia e a espiritualidade) A partir das contribuições dos participantes, constituiremos um quadro do que representa o continente partindo de nossos conhecimentos e experiências, vislumbrando um aporte para o descobrimento da missão das Américas nos nossos tempos.
 
 
Danças Brasileiras : caboclinho, cavalo marinho e côco
Suzana Murbach Danças: Introdução de elementos e movimentos típicos de danças de povos que constituíram o universo da alma do povo brasileiro (indígena, africano, europeu, entre outros). As danças como expressão da alegria, da fé e da religiosidade do povo brasileiro.
 

Susanne Rottermund Trabalhos artísticos de intervenção nos ambientes do congresso, usando diversos materiais como pigmento de terra, folhas, serragem e papel, tendo os quatro reinos como tema de criação.
 

Oficina com Eric Kamikiawa
 Eric Kamikiawa tem 21 anos e é do povo Kurâ- Bakairi. Nasceu na aldeia Bakairi e cresceu na Aldeia Pakuera da terra Indígena Bakairi, localizada no munícipio de Paranatinga no Estado de Mato Grosso. Participa desde muito jovem de movimentos para a conquista de direitos e o protagonismo dos indígenas. Participou também na restruturação da FUNAI em Cuiabá, em 2010. É atualmente aluno do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso para estudantes indígenas residente no estado.
 



Estes vídeos foram realizados por Juan E. G. Escobar